Alguns hábitos e condições clínicas podem influenciar o rumo da gravidez, até em casos de aborto espontâneo. Grávidas podem praticar esportes? Saiba aqui
Texto Vand Vieira | Edição Giuliana Cury | Adaptação Ana Araujo
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Tabagismo e álcool são hábitos que aumentam o risco de aborto espontâneo Foto: Shutterstock |
Algumas condições clínicas e hábitos diários estão na mira da medicina e o desafio é descobrir como eles podem influenciar o rumo de uma gravidez, inclusive em casos de aborto espontâneo. “Como não dá para ficar submetendo gestantes a testes perigosos, trabalhamos mais com indícios do que com certezas”, adianta Bárbara Murayama, coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, de São Paulo. Vamos aos principais:
1. Idade
Diferentemente dos espermatozoides, os óvulos envelhecem com as mulheres e têm seu desempenho comprometido com o passar dos anos. Por isso, grande parte dos abortos espontâneos acontece entre quem já passou dos 35, embora a maioria chegue ao fim da gestação sem maiores transtornos. Faça um check-up e trace, com uma equipe de profissionais (ginecologista, obstetra, nutricionista...), um planejamento para manter tudo sob controle e diminuir o risco de sustos e surpresas desagradáveis.
2. Tabagismo
A nicotina e outras substâncias presentes no cigarro são capazes de prejudicar a placenta e causar sangramentos, ocasionando consequências graves. Gravidez tubária, descolamento da placenta, má-formação fetal, aborto espontâneo, nascimento prematuro, bebês com baixo peso são alguns exemplos. Esqueça o cigarro.
3. Café
Exagerar na cafeína não é aconselhável a ninguém, mas as gestantes precisam tomar uma dose extra de cuidado com seus efeitos, que podem deixá-las superagitadas, provocar taquicardia e restringir o fluxo sanguíneo destinado à placenta. Melhor ficar em uma xícara por dia.
4. Álcool
Quando o assunto são bebidas alcoólicas, não existe dose segura. Nem mesmo uma taça de vinho, que tem boa fama por fornecer antioxidantes que fazem bem à saúde. “É preciso levar em conta que elas podem causar dependência, problemas no aparelho digestório e a má-formação do feto”, alerta Maurício Abrão, coordenador científico do Centro de Reprodução Humana do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. Isso sem mencionar que elas contribuem para o ganho de peso, já que são extremamente calóricas.
5. Massagem
Muitos médicos pedem cautela nos primeiros três meses, mas algumas técnicas não só estão liberadas como são recomendadas. “Ao contrário do que se pensa, as massagens ajudam durante a gestação, fazendo as grávidas se sentirem melhor. O essencial é optar pelas que não fazem pressão no abdômen, depois de consultar um médico”, indica Bárbara Murayama. Acupuntura também pode estimular pontos potencialmente abortivos. Redobre os cuidados, a começar pelo aval de um profissional.
6. Estresse
Situações de tensão elevam a produção de um hormônio chamado cortisol que, em excesso, pode interferir na produção hormonal como um todo e, consequentemente, na fertilidade. “Picos de adrenalina, por sua vez, estimulam a contração dos vasos sanguíneos, incluindo os da placenta, e até o próprio útero, sendo uma ameaça e tanto”, ressalta Maurício Abrão.
7. Sexo
Muito se comenta sobre o risco que as relações sexuais oferecem aos bebês, mas não precisa passar por nove meses de abstinência. Basta ser prudente na hora de escolher a posição, que deve ser confortável e também não pode oferecer pressão sobre a barriga, e segurar a empolgação. Ainda mais no primeiro trimestre ou ao longo de uma gestação de risco.
8. Doenças
Endometriose, pré-diabete e diabete e problemas na tireoide estão relacionados a uma série de disfunções e alterações no organismo que podem, além de tudo, comprometer sua fertilidade e o crescimento do feto. A boa notícia é que, se controladas, seu riscos são quase nulos. Não deixe de seguir o tratamento à risca.
Grávidas podem praticar esportes?
Se não houver contraindicação, quem já for praticante de atividades físicas há algum tempo pode continuar seguindo sua rotina de treino dos últimos três meses, mas com bom senso, evitando atividades que envolvem impactos e quedas. Para as sedentárias, melhor apostar em atividades mais leves, como a hidroginástica.
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